A maternidade é uma caixinha de surpresas, né?
Ontem uma amiga me perguntou porque me referia à maternidade com tanto “sofrimento”.
Eu disse que, para mim, essa fase
inicial é muito difícil. Que nós, como mães, nos descobrimos como uma outra pessoa, nos negamos por um tempo.
Negamos nos cuidar, sair, viajar, comprar algo para nós, voltar a trabalhar, viver livres de preocupações, dormir tranquilas; e muitas dessas negações não são alternativas, são necessárias, impostas.
Não somos mais prioridade de nós mesmas. Isso é um fato, algumas ficam mais tempo nesse casulo, outras menos, mas todas passam por esse processo de encontrar um equilíbrio entre ser mãe e voltar a ser um indivíduo.
É um período que exige muito de nós, nos tornamos responsáveis por outra vida e damos mais valor a ela do que a nossa própria.
Eu vejo como um renascimento, e como qualquer novo, pede adaptação, aprendizado.
Como da lagarta para borboleta, que também permanece um tempo em seu casulo para se transformar, reaparece não mais apegada ao chão, descobre as asas, e quando aprende a bate-las na direção certa, a favor do vento ( e até contra ele de vez em quando), se vê pronta para uma jornada indescritível, para um amor sem explicação.
Por thais braga