Quando leio por aí comentários dizendo que mulheres/mães que permanecem em casa cuidando dos filhos não devem ver seus companheiros como “bancos”, fico revoltada.
Primeiro, isso é uma escolha pessoal e familiar, ninguém tem nada a ver com isso.
Segundo, mulheres e homens que decidem ficar em casa cuidando dos filhos não devem ver seus companheiros como banco mesmo, sabe pq? Pq nenhum banco funciona com apenas um funcionário!
Pq filho não se faz sozinho! Junto com filhos nascem responsabilidades que englobam: cuidados, horários nada flexíveis, doenças, atividades extras (com limpeza, alimentação, educação), presença, afeto, entre outras milhares de coisas.
Se tem alguém que fica em casa cuidando de tudo isso e abre mão (nem que seja temporariamente) de uma profissão reconhecida (pq pra mim ser mãe é como um trabalho também, só que não remunerado), é o que permite que @ companheir@ possa sair e trabalhar em uma empresa com carteira assinada em paz, cumprir suas metas e 8 ou mais horas de trabalho + tempo de transporte!
Nem todo mundo pode pagar uma creche integral, nem todo casal quer. Sendo uma decisão conjunta, ambos estão cientes que essa divisão é um trabalho de equipe, que apenas funciona/funcionou graças aos DOIS (o que trabalha fora e o que trabalha em casa).
Portanto, o salário de quem trabalha fora pertence à família!
E se a pessoa que trabalha fora alcançou o sucesso financeiro em uma carreira, ela tbm deve isso a quem a apoiou de todas as formas.
Obs: sou super a favor da mulher buscar sua independência financeira por uma questão pessoal, de auto realização, pra não ficar na mão no caso de uma separação, perda de companheiro, e claro, se for sua vontade, mas não aguento essa sociedade machista botando mães e mulheres como “vilãs”, é muita injustiça, deslealdade.
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